terça-feira, 30 de março de 2010

Lar doce lar


Unless...o meu canto! Dona e senhora  do meu espaço, numa  nova  fase que esperemos seja próspera e feliz. A TI, que estás sempre  no meu pensamento...muito obrigada.
Gostei  muito  deste  poema, o nosso espaço é o nosso  mundo, a nossa casa...

A Casa
Vê como as aves tem, debaixo d'asa,
O filho implume, no calor do ninho!...
Deves amar, criança, a tua casa!
Ama o calor do maternal carinho!

Dentro da casa em que nasceste és tudo...
Como tudo é feliz, no fim do dia,
Quando voltas das aulas e do estudo!
Volta, quando tu voltas, a alegria!

Aqui deves entrar como num templo,
Com a alma pura, e o coração sem susto:
Aqui recebes da Virtude o exemplo,
Aqui aprendes a ser meigo e justo.

Ama esta casa! Pede a Deus que a guarde,
Pede a Deus que a proteja eternamente!
Porque talvez, em lágrimas, mais tarde,
Te vejas, triste, desta casa ausente...

E, já homem, já velho e fatigado,
Te lembras da casa que perdeste,
E hás de chorar, lembrando o teu passado...
- Ama, criança, a casa em que nasceste!

Olavo Bilac

quarta-feira, 24 de março de 2010

Ensinar...

Se  há  coisa  que me irrita é o tempo que se perde a pensar a educação, não se age, não se vai para o terreno, não se investe na formação dos recursos humanos.
Adoro o que faço e não faria outra coisa, mas cansa tanta reformulação, tanta teoria, tanto pára arranca...Cá está  mais uma ideia:  http://www.publico.pt/Educação/professores-tem-propostas-para-reajustamentos-no-3º-ciclo_1428842

Concordo especialmente  com a retirada  das extracurriculares, em especial Área de Projecto e Formação Cívica. Esta última deve ser parte integrantede todas as disciplinas, formar alunos é formar cidadãos, dar-lhes ferramentas para serem activos e participantes na sociedade.

Área de Projecto na teoria é muito interessante, o que falha  é a coordenação do todo, elaborar um projecto em que de facto todos participassem e em que as várias disciplinas se integrem. Por vezes é um grande dor de cabeça para os colegas que asseguram a disciplina.

O ano passado trabalhei o tema dos castelos com as tumas de 7º ano, foi fantástico. Tive a ajuda de alguns colegas, que se motivaram com a  ideia. Contudo o que podia ser um projecto amplo e abrangedor para todas as turmas (aplicado na Área de Projecto de  todas as turmas de 7º), foi um projecto pessoal levado a cabo com muitas horas de trabalho extra.
Deixo aqui algumas imagens do projecto, uma homenagem a todos  os  alunos envolvidos, bem hajam!


O fantástico de ensinar é ver frutos, é motivar e sentir o nosso trabalho reconhecido. Não me digam que é raro tal acontecer, que é preciso termos turmas maravilhas, não é. Já tive turmas complicadas e sei que consegui chegar a eles, sei que  gostaram do percurso que fizeram.


Pensar é sem dúvida uma mais valia, mas pensar tanto e nada fazer não nos leva a lado nenhum.


quinta-feira, 18 de março de 2010

“Os outros protagonistas da Assembleia da República”

Fui à Assembleia da Republica na  passada sexta feira com um grupo de formandos. Tivemos  direito a fotos e entrevista,  fica abaixo o link para  visitar a reportagem da Antena 1.
Lá dentro a desilusão, o país está definitivamente  entregue à bicharada.

Antena 1 - “Os outros protagonistas da Assembleia da República” - Reportagem de Sandra Henriques

quarta-feira, 17 de março de 2010

Para Sempre...Vergíliio Ferreira

Há uns dias, foi-me pedido para escrever acerca do livro da minha vida. Adivinhou-se logo uma decisão  complicada...
Gosto de tantos livros que é de facto muito redutor falar apenas de um, diria que aquele de que vou falar  hoje é um velho amigo que, sempre que estou indecisa ou sem ânimo para novidades, é o meu porto seguro.

Para Sempre... não é um livro  fácil,  entremeia a história  com as questões  sobre a  existência  humana,  o porquê de ser e existir, entender  o vazio das horas, lidar  com a solidão.

Tem uma história de amor, mas só  com passar da leitura  nos apercebemos da dimensão do sentimento, do peso que ela tem para um Paulo que nada  mais tem senão as recordações e uma profunda necessidade de manter viva a imagem do seu amor.

A história com disse atrás não é linear, o autor vai discorrendo sobre episódios  vários  da sua  vida,  reflectindo  sobre o lugar das  coisas, mas, acima de tudo,  sobre o pesado fardo da solidão. A finitude e a dolorosa sensação de não ser, de  ser olhado sem ser visto.

E, pelo meio, o amor sem lamechices, sem os clichés habituais. Contudo, apaixona, ficamos presos a esta história, torcendo para que aquela Sandra tão fria e distante se desconstrua e se deixe amar.

Este livro é para mim  um dos melhores que li até hoje. Faz pensar, leva tempo a ser digerido, leva-nos ao âmago das questões e toca  no maior dos medos do Homem, o estar só. Paulo  foi sempre órfão; o pai partiu; a mãe enlouqueceu; está só e Sempre esteve só, mesmo com Sandra.



"Porque tu hás-de ser grande e hás-de estar só, como é próprio da grandeza. E é tão difícil estar só. Que é que há-de encher a tua solidão?"


terça-feira, 16 de março de 2010

A admirável rainha Bess

Por incrível que pareça, e aqueles que me conhecem sabem ser ser verdade, ainda não tinha dedicado um post à minha "obcessão" para uns, encanto para outros, eu chamar-lhe-ia admiração. Admiração por uma grande governante e senhora de uma inteligência ímpar, a Gloriana ou a Rainha Virgem, como a apodaram.

Espero um dia ter aqui publicado todos os comentários aos livros que já li sobre ela, que já vão sendo muitos, aquele de que vou escrever hoje, é uma segunda leitura, um reecontro.
Não me move a eventual história da bastardia, até porque é bastante provável e nada escandalizadora para a época em si, move-me o fascínio pela figura frágil e ao mesmo tempo grandiosa desta monarca.

A subtileza de pensamento, a astúcia política e a coragem de dominar e enfrentar um mundo de homens, de guardar só para si a tarefa de governar e governar bem. Claro que ao seu lado tem um conjunto de pessoas de uma paciência (Isabel tinha um feitio devastador) incomensurável e de valor ímpar. Falo de William Cecil, movido pelo amor à pátria, Walsingham um fiel espião e o seu eterno amor...Robert Duddley.

Colocou o reino à frente do seu coração, tal como ela disse:

" I know i have the body of a weak and feeble woman, but i have the heart and the stomach of a king"
Discurso em Tilbury aquando da Armada Invencível, 1588


E lá estou eu a fugir da história do livro, esta  senhora fascina-me... O livro  gira à  volta do eterno mistério: terá Isabel tido um filho? Se sim, como seria? Como pôde passar despercebido? Se mais nenhum outro tema nos encantasse nesta rainha, temos este para aguçar a curiosidade.

O relato na primeira  pessoa de Arthur Dudley, as suas desventuras de infância ( mais violenta, mas sofrida tal com a a suposta mãe) o seu ímpeto para a aventura, tal  como o dito pai, permitem-nos imaginar o que seria, ponderar como tudo seria diferente se tivesse existido um filho natural de Isabel.

É desta autora "O Diário de Ana Bolena" , que continua no "Bastardo da Rainha" a  mesma linha, a descrição dos  cenários, os diálogos emocionantes, a aura da época Tudor.

Vale a pena a leitura, é cativante e acima de tudo para quem não  conhece a história é um passo para avivar o bichinho da curiosidade.

Boas leituras!

quarta-feira, 10 de março de 2010

Hurt

6 meses...

















São 6 meses...mas nada mudou, nem a dor, nem a tristeza,
nem a falta que sinto de TI

É difícil expressar o que sinto hoje,mas não queria deixar de passar por aqui e dizer OBRIGADA, a todos os que me têm dado a mão e me têm feito andar em frente.


Obrigada a TI... que sei que me estás a ouvir.

terça-feira, 9 de março de 2010

A Ti

Partiste eu sei...
Mas foi cedo demais..ainda espero por ti.
Ainda olho para o caminho e interrogo-me porque demoras.
Partiste e eu não sei de mim.
a
Agarro-me à esperança de te encontrar,
De por instantes ouvir a tua voz.
Mas eu sei que não virás,
Agarro-me ao silêncio e choro.
a
Pedem-me para seguir o meu caminho,
uma estrada sinuosa sem ti.
Partiste eu sei, mas ainda espero por ti...

Lutar em nome de uma Nação...


De volta... após longos meses de interregno, não das leituras que essas são como ar que respiro, mas da escrita neste blog.


Não podia deixar de escrever sobre este livro, um belíssimo cenário de guerra, se é que podemos chamar de belo a algo tão devastador. Emprego este adjectivo pela imagética surpreendente que a Idade Média sempre me transmitiu.


A nobreza dos confrontos, as estratégias empregues. a coragem e determinação dos soldados, em especial o grupo dos arqueiros. É sobre um deles que se baseia a narrativa, que tem como objectivo descrever os acontecimentos de 25 de Outubro de 1415.


A eterna rivalidade França Inglaterra, deu azo a uma das batalhas mais fantásticas da História. Com um Henrique V desejoso de glória e fama e uma França demasiada orgulhosa para levar em conta o seu eterno inimigo.


Assim se encontram dois exércitos, que segundo os testemunhos, diferiam muito em termos de números, se de um lado tinhamos cerca de 15 mil ingleses do outro lado surgiam 50 mil franceses... Verdade?Mentira? Os números dão maior espectacularidade, acreditemos que foi uma batalha de grande impacto.


O livro relata a história de um arqueiro orgulhoso do seu mester e exímio na altura de acertar no inimigo. Ele acompanha-nos na dura vida de um soldado medieval, mostrando-nos os promenores da carnificina vivida em campo. Vale a pena uma leitura atenta, cativa-nos e faz-nos viajar no tempo, quase sentindo os cheiros, ouvido os gritos e o inferno de uma batalha.

Para os amantes de História, em especial da Idade Média, recomenda-se a leitura, por vezes violenta e extremamente cruel, mas fabulosa e tão real que apetece fechar os olhos... e viver a História!


aaaaaaaaaaaaaaaaaaBatalha de Azincourt-Miniatura do séc.XV