sábado, 14 de agosto de 2010

Dreams


E se o que  vivemos  neste  preciso  momento nao passar de um sonho? A realidade é  de facto o que  vemos  ou estaremos  dentro de um sonho sem que  disso  nos apercebamos? Sonhar  sempre foi e será a forma  mais  fácil de alcançar os  nossos desejos...será?

Todas estas questões são levantadas  no  filme Inception, para  ser sincera  duvidava  um pouco do actor principal, muito artificial a meu  ver...mas enganei-me, pelo  menos  neste  filme. Di Caprio está à  altura de um argumento poderoso.

Living in a dream e  algumas vezes ir para além do sonho e criar um outro dentro desse mesmo...que mente  cria estas histórias? No  início lembrei-me do Matrix, mas este filme vai  muito além,  da destruição pura e simples, a ideia é manuipular, partilhar e alterar ideias, "plantá-las".

Eles vivem  num sonho, a tal ponto que viver o real deixa de ser aliciante, o poder  construir o nosso mundo,  de alterar e viver nele é um atractivo de monta, que a realidade pura  não  consegue  superar. A  dúvida é...até que ponto o sonho é real?

O sonho  necessita de Arquitecto, aquele  que  constrói os  cenários, o que Sonha e a Âncora, ou seja, aquele  que faz o clique e os traz à realidade. Cada nível é um mergulho, cada  salto é aprofundar o sonho, ir fundo até plantar a ideia..ou roubá-la.

No  final o personagem  proncipal parece  ter alcançado o seu  objectivo,  voltar à família...mas será que tudo aquilo é real? Não estará ele mais uma vez a sonhar? Basta  um clique, um empurrão e estamos de volta...ou não.




sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Reflectir...

Adorei esta caminhada,  para aqueles que estão indecisos ou assustados pelo  número de kms a percorrer, não esmoreçam, vale a pena!

É como se a vida vos desse uma nova oportunidade para testar os  vossos limites, sem  esforço nada se consegue, sem dedicação nada floresce. Caminhar permite-nos pensar, reorganizar os nossos objectivos, repensar as nossa prioridades, acima de tudo reecontrarmo-nos  connosco próprios.

É o primeiro Verão sem ti... sem a tua presença física ao meu lado, mas eu sei que onde estás me acompanhas, obrigada. Que este seja o primeiro de muitos caminhos trilhados, bem haja aqueles que me acompanharam!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

A etapa final...Santiago de Compostela

Mais uma madrugada, mas desta vez com a sensação boa de que em breve veríamos Santiago. Foram  4 horas de caminho, no monte de Argo quando vi as torres da Catedral...senti-me leve.

Chegados a Santiago há rituais  que  se seguem, caso sejamos cristãos, a passagem na Porta Santa, que só abre   quando dia 25 de Julho  calha a um domingo. É de praxe dar  o abraço ao santo e pedir  um desejo,  visitar o seu túmulo e orar. Par término existe  a missa do peregrino, mas que desta vez estava  por  demais concorrida...

No  final da missa é lançado o botafumeiro, um espectáculo muito  bonito, ele  balança pela  nave, abençoando os peregrinos. O  seu objectivo  no passado era  mais  para desanuviar os cheiros de tanta gente  junta,  estavamos na Idade Média, época de alergia  a banhos...


A catedral é um monumento grandioso, estilo barroco e que na sua porta  principal acolhe o Pórtico da Glória, onde os peregrinos colocam a mão e novamente  fazem os seus pedidos. No dia  em que  chegamos a Porta estava  fechada, dado o  número de peregrinos!

O primeiro passo  que demos foi levantar  a compostela,  após 117  km  era  bem merecida!

Santiago de Compostela: Caldas del Rey-Padrón-Teo


Mais  uma etapa, mais uma madrugada à nossa espera... O percurso faz-se bem a esta  hora a  manhã, perde-se um pouco da paisagem, mas há muito para fotografar, caso sejam  fãs deste hobbie.

A etapa  cumpriu-se em 5 horas, em que o cansaço se fazia sentir, Padrón  é uma vila pequena, com uma catedral monumental, estilo românico.

Aqui  tivemos  de ponderar entre  ficar  no albergue, ou avançar até Teo e encurtar o  caminho para Santiago. A ideia  era boa, mas será que  conseguia? A dúvida e o receio de não aguentar nova etapa  no mesmo dia... Mas alinhei, pedi ao Santo que me ajudasse e lá  fomos rumo a Teo...

Teo  é uma aldeia pequenina e sem grandes recursos,  convem trazer alimentos de Padrón... Dado que deconheciamos esta  aldeia (mas tivemos direito a albergue!!) o nosso  jantar  foi  muito  frugal. Faz parte, não podemos esperar ter sempre tudo à mão, este  foi um dos momentos em que  senti o  verdadeiro  sentimento de ser peregrino.

Santiago de Compostela: Pontevedra-Caldas del Rey

Este foi talvez dos percursos mais  difíceis, tirando a descida em Redondela, era  já o terceiro dia e o cansaço acumulado  manifestava-se... A juntar a tudo isto, mais  um desvio  no caminho que me fez desanimar, a vieira escondeu-se e quando demos por ela estavamos fora do caminho...

Acontece, mas pesa nas pernas, a mochila parece um fardo insuportável quando nos vemos desorientados. Mais uma vez o Santo orientou-nos e levou-nos à rota certa, é um percurso sem pontos de interesse, tirando a cascata em que se pode parar e refrescar as ideias

Aprendemos  que desanimar não é caminho, que o esforço, as mazelas, fazem  parte do  caminho, que o melhor é sorrir  e encarar  cada passo  com alegria. Peregrino sem mazelas...não é peregrino!

O caminho  surpreende-nos  com  a belíssima paisagem, quando as forças parecem quere esgotar-se,  basta olhar em volta, respirar  fundo e apreciar... Como nesta  foto:


E assim chegamos a Caldas del Rey,  vila interessante, em que  jantamos na companhia  de um entusiasta do nacionalismo espanhol...enfim um belo  motivo de descontracção. Em Caldas não  conseguimos albergue,  fomos  para o pavilhão desportivo, a noite passou e na madrugada  os Bravos arrancaram, rumo a Padrón

Santiago de Compostela: Redondela-Pontevedra


A  chegada a Redondela não se fez sem esforço,  mas o espírito de sacrifício é o lema  de qualquer peregrino,  bem como as bolhas nos pés,  as dores musculares, a sensação de caminho  sem fim...

Caminhar e seguir as vieiras, caminhar e sentir que a cada passo o nosso objectivo está cada  vez mais perto...simplesmente caminhar.









A visualização de uma  placa com o nome de uma qualquer vila é sempre uma lufada de ar fresco!
 A  nossa primeira  paragem, os Bravos  necessitavam e descanso...












E tivemos direito...a pavilhão desportivo, o albergue estava cheio, é a lei do que  chega primeiro!









O percurso  seguinte  até Pontevedra, correu lindamente, tinhamos asas nos pés,  foi o que  foi! 5 horas de caminho e um albergue  fabuloso. Tempo para  descansar e iniciar  nova etapa, desta  feita  até Caldas del Rey.

domingo, 8 de agosto de 2010

Santiago de Compostela: Valença-Redondela


O nascer  do  sol  visto já em Espanha, uma paisagem deslumbrante  que nos irá sempre
acompanhar.Foi uma etapa  longa, com Porriño  pelo meio, em que o ânimo esteve sempre em alta, começamos bem! 


Atravessando Rio Minho e dexando para trás terras lusas

Indo eu, indo eu...a caminho de Santiago

Partida,largada...fugidaaaa


Aqui às portas das muralhas de Valença, os Bravos, iniciaram as  sua caminhada...35 km logo a abrir!