sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A Serpente e a Lua

Recomecei as leituras, após um interregno necessário, a mente ás vezes precisa de processar os acontecimentos lentamente, e recomecei com um livro de...História. Enfim desiludam-se os que esperavam notícias de monta, mas é mais forte do que eu...


O livro chama-se "A Serpente e a Lua", e pelo título parece mais um daqueles intrigantes mistérios de duentes e mágicos intrépidos, num qualquer local fantástico de Tolkien...mas não não é, é sobre as três velhas potências europeias e as suas eternas guerrilhas.

França, Inglaterra e a Espanha. A Espanha uma potência? Sim. No século XV e XVI, graças ao eldorado sul americano...e se quisermos ainda hoje tem a sua marca e resença bem definida no contexto europeu.

Mas voltando ao livro, que ainda não terminei, mas que nas 143 páginas que li me deixaram fascinada, com a inteligência e sagacidade dos estadistas da altura. Falamos de homens como Francisco I, Henrique VIII e...Carlos V.

Mas falamos também de mulheres, como Luísa de Sabóia(mãe de Francisco I), Isabel de Portugal (filha do Venturoso D. Manuel I), Margarida de Navarra, (irmã de Francisco I) e a não menos brilhante Catarina de Médicis.

A teia de intrigas, tratados e jogos de bastidores são notáveis meandros da política europeia do século XV e XVI. Um jogo de xadrez demorado, com avanços e recuos e muita, muita paciência.

A pretensa amizade entre Inglaterra e França, apenas nos momentos em cada monarca necessita de apoio, a França porque precisava de reforços para combater os avanços espanhóis, a Inglaterra quando lhe convem paz a sul para combater os escoceses...

Mas se o jogo vira, ninguém é aliado de ninguém, e o tabuleiro das alianças muda sem aviso prévio... Henrique VIII facilmente se deixa levar pela aliança espanhola, na esperança de ter a sua Bosworth, a sua glória pessoal em campo.

Francisco I almejava a coroa do Sacro Império Romano, mas à sua dianteira estava um monarca mais rico e poderoso, o neto de Maximiliano I: Carlos V

Duas figuras que se iriam confrontar durante toda a vida, sem tréguas e com muitas desconfianças de parte a parte.

E ódio só podia aumentar quando Francisco é capturado em Pavia pelas tropas do imperador espanhol, conduzido a Espanha e por lá ficando em cativeiro. A solução demorou um ano a chegar e surge com "La Paix de Dames" ou como ficou conhecido o Tratado de Madrid.

O preço a pagar é alto, pela libertação do rei francês, o cativeiro do Delfim e do imão

Só li 143 páginas, mas pelo que li anseio chegar ao final das 425, dado que estes dois monarcas são apenas a introdução para as duas figuras maiores, Henrique II e Diana de Poitiers.










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